Um individuo não se torna obeso, por apenas um motivo, e é por isso que a obesidade é classificada como uma doença crônica de origem multifatorial.
Você já deve ter ouvido falar que nas últimas quatro décadas a obesidade se tornou um problema de saúde publica e sua prevalência tem aumentado de maneira epidêmica em todas as faixas etárias.
Primeiramente precisamos entender que sair dessa condição não depende da “força de vontade” do individuo. Compreendido isso, precisamos olhar com mais empatia para essa doença tão complexa e ainda muito estigmatizada. Eu digo doença, porque a própria Organização mundial de saúde a classifica assim.
Recebo diariamente pacientes que sofrem a anos com essa patologia, e muitos desses pacientes desde a infância. É no momento da anamnese, em uma conversa aberta com o paciente, que fica claro para mim o MULTIFATORIAL: depressão, ansiedade, insônia, hábitos alimentares, fatores genéticos associados, compulsão alimentar, disbiose, apetite aumentado, perda completa da percepção de saciedade. São muitas as causas e apenas um profissional não terá sucesso na conduta. Por isso é importante ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar.
Alguns conselhos para quem pretende iniciar um acompanhamento nutricional
– Não existe ex obeso e sim obeso em manutenção de peso.
– Lembre-se: cada organismo tem seu ritmo. Cada pessoa responde de um jeito ao tratamento de obesidade.
– De um passo de cada vez e estabeleça pequenas, mas possíveis mudanças.
– Não se compare.
– Melhor feito do que perfeito, não crie a ilusão de que tudo serão flores.
– Às vezes, mesmo exercitando-se e mantendo uma dieta equilibrada, a perda de peso ainda é um processo lento e difícil.
– Você irá precisar sair da zona de conforto.
Quando você decidir buscar ajuda, eu estarei aqui!
Dra. Isabella Puerro