No que toca a Psicoterapia de Orientação Psicanalítica, esta parte da escuta do emergente, do sofrimento que na cena cotidiana aparece com frequência, e é a partir dela que é possível operar nas relações intersubjetivas, inconscientes e sociais, através do vínculo paciente/psicoterapeuta e da compreensão e elaboração dos fenômenos transferenciais/contratransferenciais.
Quanto à escuta, esta é composta de presença, teoria-técnica, abertura e experimentação, ela é cuidado artístico em sua qualidade criativa, afetiva e de cocriação. Segundo Dunker e Thebas (2019), a arte da escuta consiste em ouvir o que realmente alguém sente, pensa e expressa, e não o que seria mais agradável, adequado, confortável ou o esperado.
No processo de se escutar e ser escutado, a palavra, os afetos e as dores circulam livremente, e assim é possível ter espaço para apenas ser e escutar além dos nossos próprios ecos.
Rita C. G. Carpes e Urdiales, Psicóloga Clínica CRP14/09216-3, graduada pela UCDB – Universidade Católica Dom Bosco, pós-graduanda em Psicanálise pela PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Sul. Como Psicoterapeuta de Orientação Psicanalítica, atua presencialmente com crianças, adolescentes, adultos e orientação parental, auxiliando no alívio dos sintomas a fim de proporcionar maior autonomia emocional, possibilitando a expressão e elaboração de ansiedades e sentimentos.
